segunda-feira, 4 de maio de 2009

O Pensador, de Rodin, é uma escultura que homenageia a filosofia

Achei interessante esta explicação no site sobre a reflexão filosófica.


Pensamento Filosófico.

Uma maneira de pensar o mundo.
A filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si mesmo. A filosofia é uma maneira de pensar e é também uma postura diante do mundo.Antes de mais nada, ela é uma forma de observar a realidade que procura pensar os acontecimentos além da sua aparência imediata. Ela pode se voltar para qualquer objeto: pode pensar sobre a ciência, seus valores e seus métodos; pode pensar sobre a religião, a arte; o próprio homem, em sua vida cotidiana.Uma história em quadrinhos ou uma canção popular podem ser objeto da reflexão filosófica. Há alguns anos, foi publicado no Brasil, um livro chamado "Os Simpsons e a Filosofia", que tratava das questões filosóficas implícitas no famoso desenho animado da TV.Como o próprio Bart Simpson, a filosofia é um jogo irreverente que parte do que existe, critica, coloca em dúvida, faz perguntas importunas, abre a porta das possibilidades, faz entrever outros mundos e outros modos de compreender a vida.
*Antonio Carlos Olivieri é escritor, jornalista e diretor da Página 3 Pedagogia & Comunicação.

http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult3323u38.jhtm

2 comentários:

  1. Perfeito Fabi!
    Por isso, na primeira aula, eu pedi para que elaborássemos perguntas a partir de uma série de frases. Este trabalho de criar um problema, figurado numa pergunta é ótimo para movimentar o pensamento e, mais uma vez, fazermos ver o que não víamos.

    Sobre o livro Simpsons e a Filosofia eu tenho, aos que se interessarem, indico sobre tudo o capítulo: "Assim falava Bart: Nietzsche e as virtudes de ser mau" - uma ironia ao título "Assim falava Zaratustra" de Nietzsche.

    Se alguém se interessa, peça que eu levo.

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  2. Dei uma lida no artigo completo e destaquei três parágrafos para a gente:

    O primeiro:
    "Uma disciplina indisciplinada
    Por isso, a filosofia incomoda, pois ela questiona o modo de ser das pessoas, das sociedades, do mundo. Discute as práticas política, científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística. Não há área onde ela não se meta, não indague, não perturbe. E, nesse sentido, a filosofia pode ser perigosa ou subversiva, pois pode virar a ordem estabelecida de cabeça para baixo."

    É neste sentido, talvez, que a filosofia, por sua postura perigosa, tenha sido tão castrada de nossa formação e hoje soe tão estranha e quase fora de sentido. Até mesmo na ditadura, muito de filosofia foi censurado mesmo quando vinha camuflada em poesias, charges, músicas.. a estética, por não ser definível, assim como a filosofia, teve esse poder de camufla-la, mas mesmo assim...

    O segundo:
    "O conhecimento fragmenta-se entre as várias ciências, pois cada uma se ocupa somente de uma parte do real. Estudam os fenômenos que pertencem à sua área específica e pretendem mostrar como estes ocorrem e como se relacionam com outros fenômenos. A posse do conhecimento sobre os fenômenos naturais e humanos gera a possibilidade de prevê-los e controlá-los."

    Essa parte em muito tem a ver, inclusive com as novas propostas do MEC para a educação e para o ENEM. É, de fato, um indício desta vontade do retorno às origens, de certa forma. Um retorno a inteireza da vida, não compartimentada.

    O terceiro:
    Integração e totalidade
    "Por outro lado, a filosofia trata dessa mesma realidade, só que - em vez de separá-la em conhecimentos particulares e estanques - considera-a no interior da totalidade de fenômenos, ou seja, procura enxergar a realidade a partir de uma visão de conjunto. Qualquer que seja o problema, a reflexão filosófica considera cada um de seus aspectos, relacionando-o ao contexto dentro do qual ele se insere e restabelecendo a integridade do universo humano."

    De certa forma, portanto, até mesmo os indícios que temos, inclusive das políticas públicas, sugerem uma certa "filosofação" das disciplinas. Em outras palavras, o que chamei de um retorno à inteireza. De todo modo, são apenas primeiros indícios, afinal de contas, se lemos no site do MEC os documentos oficiais das propostas do ENEM, não há espaço para uma discussão filosófica. Qual documento oficial sugere uma discussão filosófica sobre si mesmo? Que retomemos os documentos da grécia antiga, que retomemos os encontros no Ágora da democracia ateniense. A filosofia precisa entrar onde a menos esperam.

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